Interiores biofílicos

Interiores biofílicos

Interiores biofílicos

Os humanos são programados para responder positivamente à natureza; o som crepitante do fogo, o cheiro de chuva fresca no solo, as características medicinais das plantas e da cor verde, a proximidade dos animais etc. Isso, junto com as condições ambientais críticas de hoje e a rápida urbanização, mudou o foco dos arquitetos para projetos ecologicamente conscientes que aproximam as pessoas da natureza. Eles exploraram várias abordagens: estruturas de taipa, materiais e móveis reciclados, projetos guiados pela luz solar... A prática foi tão impulsionada pela onda verde que as linhas se confundiram entre o que é verdadeiramente sustentável e ecológico e o que é greenwashing. Mas o que proporcionou a conexão biológica mais inata com a natureza foi a biofilia e o ato de "trazer o exterior para dentro" através do design.

Por definição, o design biofílico promove o bem-estar incorporando elementos que estabelecem uma relação coerente entre a natureza, a biologia humana e o edifício – fisicamente, visualmente e emocionalmente. Isso inclui o uso de materiais naturais, incorporação de vegetação, abundância de luz natural e abertura de espaço para ventilação natural. A aplicação bem-sucedida dos princípios do design biofílico estimula um amplo espectro de benefícios físicos, mentais e comportamentais. Os benefícios físicos incluem melhor condicionamento físico, pressão arterial mais baixa e menos sintomas de doenças. Os benefícios mentais incluem motivação, produtividade, criatividade e diminuição do estresse e da ansiedade. Mudanças comportamentais e cognitivas incluem aprimoramento da habilidade de lidar com problemas, maior capacidade de atenção e aumento na interação social.

Durante décadas, cientistas, pesquisadores, arquitetos e designers têm explorado de forma colaborativa como utilizar os aspectos da natureza que são mais impactantes em nosso relacionamento com o ambiente construído. Muitos teóricos organizam os princípios do design biofílico em três categorias: natureza no espaço, natureza do espaço e análogos naturais, sendo que todos determinam uma conexão física, visual e emocional com o mundo natural. Essa estrutura, no entanto, vai além de materiais, luz e ventilação, os quais contribuem significativamente para os espaços biofílicos. O design biofílico eficaz permite que a terra seja a própria arquitetura, ou pelo menos uma grande parte dela. O que muitas vezes parece ser esquecido é que também é um design local, o que significa que a arquitetura não deve apenas se misturar com a natureza, mas também com o entorno do próprio projeto.

(Fonte: Arch Daily)

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